Eu amo o seu nome...
já faz parte da minha rotina
Seu nome é poesia
É bálsamo para meus pensamentos...
E eu repito seu nome, como música
E eu sussurro seu nome, como encantamento...
Amo o que significa
Amo essa presença
Seu nome, você, é minha paz,
é minha tormenta...
Eu amo seu nome....
Eu amo você..
sexta-feira, 7 de maio de 2010
sábado, 24 de abril de 2010
...Utopia...
...Personalidade felina...
Gato
gato selvagem
gato arisco
gato de rua
gato domesticado
Gato
Olhos de gato
que me vigiam
me espreitam
me estudam
me encaram
andar felino
que me segue
me persegue
me coloca em desatino
garras rápidas traiçoeiras
presas rígidas certeiras
ronronar silencioso
sono misterioso
jeito de quem é o que é
e de quem volta
por que quer
de suas andanças desconhecidas
para os braços da escolhida
personalidade felina
...
Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa...
Ao longo da vida, dos anos que se passam, aprendemos muito... Muito sobre nós mesmos, muito sobre os outros, muito sobre a natureza do ser humano... Embora sejamos feitos da mesma essência, trilhamos caminhos opostos e temos muitas diferenças entre os semelhantes, rs... Isso é fato imutável. Nem deve ser questionado, apenas aceito.
Na nossa jornada espiritual, pra quem acredita que temos uma, o objetivo final é o mesmo... Os meios, porém, são diversos... E em nossos caminhos, podemos cruzar com "n" situações, "n" pessoas... Nos aproximamos dos outros e vice-versa, pela mesma sintonia de energia, ou seja, atraímos pessoas e ou situações que estejam na mesma vibração que a nossa... Ou ainda mais: atraímos pessoas e ou situações totalmente adversas. E penso que isso acontece como um teste final, já que aprendemos muito mais com o diferente, com o oposto... Aprendemos também que há diferenças enormes entre determinadas situações...
No campo das relações afetivas, onde são os sentimentos que nos comandam, lidamos com determinados conceitos, determinadas situações... Onde uma começa e outra termina, não sei... O que orienta cada pessoa pra determinar em que nível se está, também não sei... Em que ponto as situações se misturam, sei menos ainda... Mas como observadora que sou, elaborei uma listinha de variadas situações, no que diz respeito ao "status quo" das relações amorosas (onde o amor, de verdade,se encaixa nisso tudo, não sei).
Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa:
- conhecer
- curtir
- ficar
- pegar
- estar junto
- gostar como pessoa
- gostar como amigo
- gostar para namorar
- conquistar
- apaixonar
- amar
Agora, a forma como cada pessoa sente e demonstra o que sente, então, impossível de listar. Mesmo porque somos mestres em mascarar sentimentos, disfarçar e evitar situações desagradáveis, fantasiar situações agradáveis... E nisso, só geramos confusões, desentendimentos, distância...
Por isso, hoje em dia, eu sou da seguinte opinião... Eu falo! É, eu falo o que penso e o que sinto, e o que penso sobre o que sinto, e o que sinto sobre o que penso... E falo, e como falo... Mas calma lá, eu falo sim, mas só se me perguntarem... Então, me pergunta, é só me perguntar...
Porque odeio, com todas as minhas forças (eu sou intensa mesmo em tudo que sinto), saber que as pessoas estão fazendo suposições a meu respeito, odeio mesmo saber que estão conjeturando sobre mim, como se soubessem muito mais de mim, do que eu mesma... EU SEI, E SÓ EU SEI O QUE SINTO, COMO ME SINTO, PORQUE SINTO E POR QUEM SINTO!!!
Em minhas observações por aí, aprendendo sobre mim mesma, sempre, percebi que há duas coisas insuportáveis pra mim... Todo mundo e tudo tem seus limites... Simplesmente odeio hipocrisia, mais ainda quando a percebo em mim, e odeio covardia... Covardia de pessoas que fogem das situações em que elas mesmas se colocaram... E odeio perceber também que, em certas situações, a covarde fui eu! Odeio quando percebo que certas pessoas justificam suas atitudes através das minhas... Lamentável!
Acho o fim da picada usarmos as pessoas para falarmos, comunicarmos algo a alguém... Totalmente anti ético! Então, se tenho algo a falar, falo pra pessoa em questão, caso contrário, me calo. Mas também não fico dando pérolas a porcos... Foi-se o tempo! Ponto final, simples assim! Eu amo o corte frio da verdade jogada na minha cara! Odeio preocupaçõezinhas idiotas de quem acha que vai me magoar com a verdade...
E esse texto já está se tornando algo bem pessoal... Mas é óbvio, é de minha pessoa, sobre pessoas, para pessoas...
Enfim, é incrível como as pessoas se dão certa importância... Sempre penso que isso não passa de algum tipo
de sentimento de baixa auto estima, mal resolvido...
Dizem que quem ama cuida...Logo, quem é amado, é cuidado! Logo, quem sabe amar, sabe cuidar!
Saber amar e saber cuidar são dons maravilhosos! Não é pra qualquer um! Somente os autênticos, corajosos e altruístas sabem amar e cuidar... Verdadeiramente! E amar, nada tem a ver com obrigação... Não se justifica porque se ama, ou porque não se ama... Agora, respeito sim, respeito é obrigação...
E só quem quiser MESMO pode caminhar ao meu lado, porque quer, pelo tempo que quiser, da forma que
quiser... Mas propor-se caminhar junto, é assumir certa responsabilidade, em menor ou maior grau...
quiser... Mas propor-se caminhar junto, é assumir certa responsabilidade, em menor ou maior grau...
"Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativas."
Mas, outra coisa ainda é se sentir cativado... No sentido de cativeiro, rs... E isso é impraticável...
Porque eu amo a liberdade dos sentimentos que são espontâneos...
"Os sentimentos são como cavalos selvagens."
O amor é uma força da natureza... Eu só consigo sentir pena de quem vive lutando contra isso!
Cada um é cada um!
Tudo isso que escrevi, são coisas que penso, que sinto. Sim, que EU penso, que EU sinto, sobre minha vida,
minha verdade, minhas experiências... Meu caminho... Só meu! E ninguém mais tem obrigação de se encaixar nisso tudo... Deixe estar! Só estou aqui de besteira, escrevendo o que quero no espaço que criei pra mim...
Sem maiores pretensões!!! (de minha parte)
...
Aliás, quanta pretensão!!! (da parte dos outros)
...
Sem maiores pretensões!!! (de minha parte)
...
Aliás, quanta pretensão!!! (da parte dos outros)
...
quinta-feira, 15 de abril de 2010
...Nossas escolhas...
Tão inebriante
Tão tóxico
Rápido, intenso
Tão prejudicial quanto
Você se dissipou
como a fumaça do cigarro
que fumo todas as noites
pensando em você...
Até a última tragada
fui até o fim
Tudo tem um fim
Mas há coisas
que deixam vestígios
por um tempo
para sempre...
Nossas escolhas...
domingo, 28 de fevereiro de 2010
...Lindo texto do Arnaldo...
Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.
Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?
Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário.
Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?
Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática:
eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.
(Arnaldo Jabor)
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.
Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?
Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário.
Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?
Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática:
eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.
(Arnaldo Jabor)
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
... Esquecerei ...
Eu quis você
você não me quis
alguns me querem
mas eu não quero
normal
natural
um dia,
numa esquina qualquer
ainda dou de cara
com o cara
e nesse dia
me esquecerei
completamente
de todas as ruas
pelas quais vaguei
anteriormente...
me esquecerei
do feitiço
do encanto
daquela fina linha
que um dia existiu
aquela linha
que entre mar e céu
meu coração dividiu
me esquecerei do
quanto fomos
somente loucos
me esquecerei dessa
vontade de escrever
esses versos bobos
me desprenderei de tudo,
enfim,
pra nunca mais me perder
de mim...
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
...ENTENDENDO: Raiva, Mágoas e Ressentimentos...
Toda vez que alguém ou algo se choque com o bem-estar de outra pessoa, com o seu prazer, irá imediatamente produzir a chispa da raiva. Esta poderá abrandar-se logo ou atear incêndio, dependendo da área que tenha atingido.
A raiva é a reação emocional imediata à sensação de se estar sendo ameaçado, sendo que esta ameaça possa produzir algum tipo de dano ou prejuízo.
Não há quem já não tenha sido vítima da raiva. Todos dias nos deparamos com diversas pessoas, no trabalho, no trânsito, nas conversações cotidianas... Sendo estas as mais diversas, portadoras dos mais variados estados de ânimo. Não raro, alguma palavra mal empregada, algum tom de voz equivocado, e então nos sentimos ofendidos, tendo a raiva como reação imediata.
Sentir raiva é atitude natural e normal no quadro das experiências terrenas. Canalizá-la bem, elucidando-a até a sua diluição, é característica de ser saudável e lúcido, conforme assevera a benfeitora Joanna de Ângelis. Mas como impedir que esta sensação inquietante se alastre e não ocupe mais espaços na nossa mente e sentimentos?
O primeiro passo a ser dado é a aceitação de se estar sentindo raiva. Não há motivos para nos envergonharmos da raiva e do fato de senti-la. Camuflá-la perante atitudes de falsa humildade e santificação são atitudes de quem ilude a si próprio, optando pelo parecer em detrimento do ser.
Em seguida devemos nos indagar: “Por que fiquei tão bravo ou brava com a atitude daquela pessoa? Por que me deixei atingir tanto? O que esta pessoa fez de tão desagradável a ponto de conseguir me desequilibrar o restante do dia?” Neste momento inicia-se a racionalização da raiva, e então é que percebemos que nós mesmos tivemos uma participação ativa na sua elaboração. Não foi o outro que produziu raiva em mim, pois somos nós que estamos sentindo raiva, logo nós mesmos a produzimos. Está em nós a sua origem e não no exterior.
Como dissemos, a raiva é uma reação emocional que ocorre toda vez que alguém vai de encontro ao nosso bem-estar, de maneira que nos sentimos ameaçados. O que então nos deixou tão ameaçados? Que área do meu ser aquela palavra proferida pelo ofensor atingiu de maneira tão precisa? Por que aquilo que foi dito significou tanto para nós?
A partir desse momento nós começamos a perceber que na verdade a sensação de inferioridade ou de ofensa não foi produzida pelo outro, ela já existia dentro de nós. Seria como se a palavra empregada fosse a chave certa para uma determinada idéia existente dentro de nós mesmos – ela já estava ali – bastava acioná-la.
Decorre daí o enunciado de Joanna de Ângelis, de que “a raiva é o lançamento de uma cortina de fumaça sobre nossos próprios defeitos, a fim de que eles não sejam percebidos pelos outros”, sendo que quanto maior for o complexo de inferioridade da pessoa, mais vulnerável ela será a tudo o que for direcionado a ela do mundo exterior.
Canalizar bem a raiva significa, assim, refletir sobre o porquê de nosso desequilíbrio momentâneo. Da mesma forma, outro recurso deve ser empregado: refletir sobre a origem do ato na outra pessoa. Isso significa perceber que a pessoa estava em desarmonia no momento em que agiu, de forma impensada, produzindo o conflito. Significa tentar perceber que o outro agiu sem nenhuma intenção de produzir o dano que nós agora sentimos.
Isso não significa, de maneira alguma, que devamos ser coniventes com o desrespeito e ironia das pessoas ao nosso redor, as quais agem sem pensar nas conseqüências de seus atos. Mostrar-se ofendido, mostrar-se desgostoso com a situação, demonstrar os sentimentos de contrariedade e até mesmo a raiva inerente à ofensa são reações perfeitamente normais, de quem respeita a si mesmo e se considera credor do respeito e consideração dos seus semelhantes. Da mesma forma, dar uma corrida, realizar exercícios físicos ou algum trabalho que leve à exaustão, são recursos valiosos para se diluir a raiva.
Extravasar, contar para os amigos como se sente, também são atitudes saudáveis e terapêuticas. O que não se deve fazer é camufla-la, reprimi-la, pois então estaremos oportunizando o surgimento da mágoa e do ressentimento.
Certamente há situações em que a dor nos atinge sem que possamos nos defender. Ocorrências em que ficamos paralisados, sem saber como agir, tamanha nossa surpresa e decepção. Entretanto, parece que nunca estamos preparados para as decepções. Acreditamos que sempre seremos estimados e considerados
por todos, e que as pessoas nunca irão nos trair – e então nos magoamos.
A ingratidão e a calúnia ainda fazem parte do orçamento moral da humanidade, e não há quem não se
depare com elas em algum momento. Dependendo da pessoa autora do disparo, do lançamento do dardo,
este parece penetrar o mais profundo da alma, produzindo enorme sofrimento. Muitas vezes, aquela pessoa em quem nós mais confiávamos nos trai, nos decepciona, nos fere – e a dor então é perfeitamente natural. Chorar, considerar a ocorrência injusta, demonstrar os sentimentos ao agressor, mostrando-lhe os ferimentos, são atitudes que auxiliam para que a dor diminua e se abrande. Contar aos amigos o ocorrido, demonstrando como se sentiu diante da situação, dizer o quê o magoou, são recursos que colaboram para que a mágoa não se instale na criatura.
Em nenhum momento devemos nos permitir guardar a mágoa, diz Hammed. Quando a mágoa se instala, o
indivíduo vai perdendo aos poucos a alegria de viver, avançando em direção aos estados depressivos e de melancolia – extinguindo-se o prazer pela vida. A mágoa cultivada aloja-se em determinado órgão e o desvitaliza, alterando o funcionamento normal das células. Quando dissimulada e agasalhada nas profundezas da alma, se volta contra o próprio indivíduo, em um processo de autopunição inconsciente. Neste caso, o indivíduo passa a considerar a si próprio culpado pelo ocorrido, e então se pune, a fim de expiar a sua culpa.
Segundo Sigmund Freud, o grande psicanalista do século vinte, todos nós temos uma certa predisposição
orgânica para cedermos à somatização de algum conflito. Esta se dá geralmente em algum órgão específico.
Desta forma, muitos de nossos adoecimentos repentinos são fruto do que ele chamou de complacência somática. Nós guardamos a mágoa ou “fazemos de conta” que ela não existe. Como os sentimentos não morrem, eles são drenados no próprio ser, ferindo aquele que lhe deu abrigo.
Mais uma vez, assevera Joanna de Ângelis, devemos recorrer à racionalização do ocorrido. Refletirmos sobre o desequilíbrio da outra pessoa, sobre sua insensatez e situação infeliz, o que faz com que a mágoa vá perdendo terreno para a compreensão e impedindo que o acontecimento venha a repetir-se continuamente
na mente da criatura através do ressentimento.
O ressentimento é o produto direto da repressão da raiva. Não expressamos nossos sentimentos ao ofensor, não lhe demonstramos nosso desapontamento e desgosto e então passamos a guardá-la, a fim de desferí-la no momento oportuno. O ressentimento é fruto de nosso atraso moral. Nós guardamos a dor da ofensa a fim de esperar o momento oportuno da vingança, do revide, a fim de sobrepormos nosso ego ferido em relação ao ego do ofensor. Quando isto acontece, um sentimento de animosidade cresce dentro de nós a cada dia, até que a convivência com a outra pessoa se torne insuportável. Um olhar não suporta mais o outro e a relação cessa por completo. Muitas amizades terminam assim, por falta de diálogo, de sinceridade e humildade em reconhecermos para o outro que ficamos chateados com sua atitude. Casais acumulam memórias de brigas, guardando lembranças de atritos que já ocorreram há meses, sem trocarem sequer uma palavra sobre o assunto, criando um clima silencioso o qual vai tornando o ressentido amargo e infeliz. Assim, há pessoas que possuem sobre o olhar uma “máscara espessa”....que encobre qualquer sorriso...Chegam a nos causar quase medo!
É a amargura que vai retirando toda a alegria de viver da pessoa.
Nós devemos reagir imediatamente ao ressentimento, impedindo o seu desdobramento. Sem dúvida que existem pessoas que se comprazem na calúnia, em proferir ofensas e mentiras sobre toda e qualquer pessoa.
Não devemos sintonizar com este tipo de faixa vibratória e aceitar-lhes os dardos infamantes.
Quando optamos por não guardar ressentimentos estamos fazendo um bem a nós mesmos, impedindo a desarmonia e inquietação decorrentes da sua instalação nos painés da emotividade. O outro, porque em desequilíbrio, receberá os frutos de suas ações, decorrente da faixa em que se encontra.
A causa destes algozes da alma humana, tais como a raiva, a mágoa e o ressentimento, quase sempre é a mesma: a falta de auto-estima da criatura, ou seja, a falta de amor por si mesmo. Quando valorizamos em demasia o olhar de amigos, colegas e familiares, estamos nos apoiando em terreno movediço. Nos tornamos apegados e dependentes.
Por outro lado, quanto mais nos descobrimos, quanto mais passamos a desenvolver nossas potencialidades,
reconhecendo nossos valores e nossa beleza única, mais seguros nos tornamos, de maneira que a raiva e a
mágoa não encontram alicerces para sua instalação.
Aquele que se ama e valoriza não se magoa facilmente e tampouco fica irado com qualquer palavra descabida de um colega de trabalho ou amigo. Dessa forma, trabalhar pelo desenvolvimento de nossa auto-estima é o melhor antídoto para evitarmos o acúmulo do lixo mental dos ressentimentos e mágoas.
Por mais que insistamos em culpar os outros - , sempre está a própria criatura, herdeira de si mesma.
• Bibliografia: Joanna de Ângelis, em “Autodescobrimento – Uma busca Interior”.
A raiva é a reação emocional imediata à sensação de se estar sendo ameaçado, sendo que esta ameaça possa produzir algum tipo de dano ou prejuízo.
Não há quem já não tenha sido vítima da raiva. Todos dias nos deparamos com diversas pessoas, no trabalho, no trânsito, nas conversações cotidianas... Sendo estas as mais diversas, portadoras dos mais variados estados de ânimo. Não raro, alguma palavra mal empregada, algum tom de voz equivocado, e então nos sentimos ofendidos, tendo a raiva como reação imediata.
Sentir raiva é atitude natural e normal no quadro das experiências terrenas. Canalizá-la bem, elucidando-a até a sua diluição, é característica de ser saudável e lúcido, conforme assevera a benfeitora Joanna de Ângelis. Mas como impedir que esta sensação inquietante se alastre e não ocupe mais espaços na nossa mente e sentimentos?
O primeiro passo a ser dado é a aceitação de se estar sentindo raiva. Não há motivos para nos envergonharmos da raiva e do fato de senti-la. Camuflá-la perante atitudes de falsa humildade e santificação são atitudes de quem ilude a si próprio, optando pelo parecer em detrimento do ser.
Em seguida devemos nos indagar: “Por que fiquei tão bravo ou brava com a atitude daquela pessoa? Por que me deixei atingir tanto? O que esta pessoa fez de tão desagradável a ponto de conseguir me desequilibrar o restante do dia?” Neste momento inicia-se a racionalização da raiva, e então é que percebemos que nós mesmos tivemos uma participação ativa na sua elaboração. Não foi o outro que produziu raiva em mim, pois somos nós que estamos sentindo raiva, logo nós mesmos a produzimos. Está em nós a sua origem e não no exterior.
Como dissemos, a raiva é uma reação emocional que ocorre toda vez que alguém vai de encontro ao nosso bem-estar, de maneira que nos sentimos ameaçados. O que então nos deixou tão ameaçados? Que área do meu ser aquela palavra proferida pelo ofensor atingiu de maneira tão precisa? Por que aquilo que foi dito significou tanto para nós?
A partir desse momento nós começamos a perceber que na verdade a sensação de inferioridade ou de ofensa não foi produzida pelo outro, ela já existia dentro de nós. Seria como se a palavra empregada fosse a chave certa para uma determinada idéia existente dentro de nós mesmos – ela já estava ali – bastava acioná-la.
Decorre daí o enunciado de Joanna de Ângelis, de que “a raiva é o lançamento de uma cortina de fumaça sobre nossos próprios defeitos, a fim de que eles não sejam percebidos pelos outros”, sendo que quanto maior for o complexo de inferioridade da pessoa, mais vulnerável ela será a tudo o que for direcionado a ela do mundo exterior.
Canalizar bem a raiva significa, assim, refletir sobre o porquê de nosso desequilíbrio momentâneo. Da mesma forma, outro recurso deve ser empregado: refletir sobre a origem do ato na outra pessoa. Isso significa perceber que a pessoa estava em desarmonia no momento em que agiu, de forma impensada, produzindo o conflito. Significa tentar perceber que o outro agiu sem nenhuma intenção de produzir o dano que nós agora sentimos.
Isso não significa, de maneira alguma, que devamos ser coniventes com o desrespeito e ironia das pessoas ao nosso redor, as quais agem sem pensar nas conseqüências de seus atos. Mostrar-se ofendido, mostrar-se desgostoso com a situação, demonstrar os sentimentos de contrariedade e até mesmo a raiva inerente à ofensa são reações perfeitamente normais, de quem respeita a si mesmo e se considera credor do respeito e consideração dos seus semelhantes. Da mesma forma, dar uma corrida, realizar exercícios físicos ou algum trabalho que leve à exaustão, são recursos valiosos para se diluir a raiva.
Extravasar, contar para os amigos como se sente, também são atitudes saudáveis e terapêuticas. O que não se deve fazer é camufla-la, reprimi-la, pois então estaremos oportunizando o surgimento da mágoa e do ressentimento.
Certamente há situações em que a dor nos atinge sem que possamos nos defender. Ocorrências em que ficamos paralisados, sem saber como agir, tamanha nossa surpresa e decepção. Entretanto, parece que nunca estamos preparados para as decepções. Acreditamos que sempre seremos estimados e considerados
por todos, e que as pessoas nunca irão nos trair – e então nos magoamos.
A ingratidão e a calúnia ainda fazem parte do orçamento moral da humanidade, e não há quem não se
depare com elas em algum momento. Dependendo da pessoa autora do disparo, do lançamento do dardo,
este parece penetrar o mais profundo da alma, produzindo enorme sofrimento. Muitas vezes, aquela pessoa em quem nós mais confiávamos nos trai, nos decepciona, nos fere – e a dor então é perfeitamente natural. Chorar, considerar a ocorrência injusta, demonstrar os sentimentos ao agressor, mostrando-lhe os ferimentos, são atitudes que auxiliam para que a dor diminua e se abrande. Contar aos amigos o ocorrido, demonstrando como se sentiu diante da situação, dizer o quê o magoou, são recursos que colaboram para que a mágoa não se instale na criatura.
Em nenhum momento devemos nos permitir guardar a mágoa, diz Hammed. Quando a mágoa se instala, o
indivíduo vai perdendo aos poucos a alegria de viver, avançando em direção aos estados depressivos e de melancolia – extinguindo-se o prazer pela vida. A mágoa cultivada aloja-se em determinado órgão e o desvitaliza, alterando o funcionamento normal das células. Quando dissimulada e agasalhada nas profundezas da alma, se volta contra o próprio indivíduo, em um processo de autopunição inconsciente. Neste caso, o indivíduo passa a considerar a si próprio culpado pelo ocorrido, e então se pune, a fim de expiar a sua culpa.
Segundo Sigmund Freud, o grande psicanalista do século vinte, todos nós temos uma certa predisposição
orgânica para cedermos à somatização de algum conflito. Esta se dá geralmente em algum órgão específico.
Desta forma, muitos de nossos adoecimentos repentinos são fruto do que ele chamou de complacência somática. Nós guardamos a mágoa ou “fazemos de conta” que ela não existe. Como os sentimentos não morrem, eles são drenados no próprio ser, ferindo aquele que lhe deu abrigo.
Mais uma vez, assevera Joanna de Ângelis, devemos recorrer à racionalização do ocorrido. Refletirmos sobre o desequilíbrio da outra pessoa, sobre sua insensatez e situação infeliz, o que faz com que a mágoa vá perdendo terreno para a compreensão e impedindo que o acontecimento venha a repetir-se continuamente
na mente da criatura através do ressentimento.
O ressentimento é o produto direto da repressão da raiva. Não expressamos nossos sentimentos ao ofensor, não lhe demonstramos nosso desapontamento e desgosto e então passamos a guardá-la, a fim de desferí-la no momento oportuno. O ressentimento é fruto de nosso atraso moral. Nós guardamos a dor da ofensa a fim de esperar o momento oportuno da vingança, do revide, a fim de sobrepormos nosso ego ferido em relação ao ego do ofensor. Quando isto acontece, um sentimento de animosidade cresce dentro de nós a cada dia, até que a convivência com a outra pessoa se torne insuportável. Um olhar não suporta mais o outro e a relação cessa por completo. Muitas amizades terminam assim, por falta de diálogo, de sinceridade e humildade em reconhecermos para o outro que ficamos chateados com sua atitude. Casais acumulam memórias de brigas, guardando lembranças de atritos que já ocorreram há meses, sem trocarem sequer uma palavra sobre o assunto, criando um clima silencioso o qual vai tornando o ressentido amargo e infeliz. Assim, há pessoas que possuem sobre o olhar uma “máscara espessa”....que encobre qualquer sorriso...Chegam a nos causar quase medo!
É a amargura que vai retirando toda a alegria de viver da pessoa.
Nós devemos reagir imediatamente ao ressentimento, impedindo o seu desdobramento. Sem dúvida que existem pessoas que se comprazem na calúnia, em proferir ofensas e mentiras sobre toda e qualquer pessoa.
Não devemos sintonizar com este tipo de faixa vibratória e aceitar-lhes os dardos infamantes.
Quando optamos por não guardar ressentimentos estamos fazendo um bem a nós mesmos, impedindo a desarmonia e inquietação decorrentes da sua instalação nos painés da emotividade. O outro, porque em desequilíbrio, receberá os frutos de suas ações, decorrente da faixa em que se encontra.
A causa destes algozes da alma humana, tais como a raiva, a mágoa e o ressentimento, quase sempre é a mesma: a falta de auto-estima da criatura, ou seja, a falta de amor por si mesmo. Quando valorizamos em demasia o olhar de amigos, colegas e familiares, estamos nos apoiando em terreno movediço. Nos tornamos apegados e dependentes.
Por outro lado, quanto mais nos descobrimos, quanto mais passamos a desenvolver nossas potencialidades,
reconhecendo nossos valores e nossa beleza única, mais seguros nos tornamos, de maneira que a raiva e a
mágoa não encontram alicerces para sua instalação.
Aquele que se ama e valoriza não se magoa facilmente e tampouco fica irado com qualquer palavra descabida de um colega de trabalho ou amigo. Dessa forma, trabalhar pelo desenvolvimento de nossa auto-estima é o melhor antídoto para evitarmos o acúmulo do lixo mental dos ressentimentos e mágoas.
Por mais que insistamos em culpar os outros - , sempre está a própria criatura, herdeira de si mesma.
• Bibliografia: Joanna de Ângelis, em “Autodescobrimento – Uma busca Interior”.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
...Capricho...
Você cruzou meu caminho
e me parou...
Por quê?
Pra quê?
Pediu meu beijo
me deu a mão
pra me deixar à deriva?
Superestimou seu
caráter pra me usar
exatamente como
os outros?
Me deixou na dúvida pra
sentir sua certeza?
Sondou minha alma
só pra macular
minha imagem?
Questionou meus sentimentos
só pra ignorar
meus apelos?
Tirou minhas esperanças
pra renovar as suas?
Tumultuou minha mente
me deu boa noite
pra se livrar do
ressentimento?
Vai
Vai com fé
e que não seja
mero entusiasmo
de momento...
O que é, é...
Repousa na serenidade do ser
Não necessita ser exibido
Que você mesmo possa se
convencer disso...
Há um estranho capricho
que reside em tudo isso...
e me parou...
Por quê?
Pra quê?
Pediu meu beijo
me deu a mão
pra me deixar à deriva?
Superestimou seu
caráter pra me usar
exatamente como
os outros?
Me deixou na dúvida pra
sentir sua certeza?
Sondou minha alma
só pra macular
minha imagem?
Questionou meus sentimentos
só pra ignorar
meus apelos?
Tirou minhas esperanças
pra renovar as suas?
Tumultuou minha mente
me deu boa noite
pra se livrar do
ressentimento?
Vai
Vai com fé
e que não seja
mero entusiasmo
de momento...
O que é, é...
Repousa na serenidade do ser
Não necessita ser exibido
Que você mesmo possa se
convencer disso...
Há um estranho capricho
que reside em tudo isso...
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
...Pretensões...
Queria ser roteirista...
Roteirista é o que realmente gostaria de ser.
Poder escrever sobre os fatos, eventos e falas... só que da minha própria vida... determinar como cada personagem participaria no meu dia a dia...
Mas isso é pretensão demais. Como dizem, é querer brincar de ser Deus.
Humildemente digo que tenho que confiar no justiça e no bom senso divinos. Tudo acontece como tem que acontecer............. Será?
As coisas mais belas são a força do destino, a perfeição da natureza, o movimento do universo...
Ah, mas se eu tivesse esses poderes: poder de prever, poder voltar, escrever e reescrever a história. Fico pensando que eu seria mais criativa! Seria? ..............................
Faria o seguinte, escreveria dessa forma: nem você teria entrado na minha vida, nem eu teria entrado na sua. Entramos de fato?
Porque na minha versão, eu não nasci para morrer como dúvida de ninguém... Não aceito esse papel...
...................................................................................
Tantas coisas me fazem pensar que você nasceu pra mim e eu pra você...
Mas isso é culpa minha mesmo...
Culpa da minha tendência filha da puta ao amor romântico, platônico, poético, exagerado...
Amor que não cabe em si...
Mas amor que espera demais,
por ser grande demais...
Do tamanho da alma!!!
..................................................................................
Há que estamos fadados de fato?
Tanto barulho pra nada...
..................................................................................
Essa necessidade incontrolável
de falar de ti
pensar em ti
escrever a ti
é minha última tentativa
de apego ao que desejei viver...
agarrar-se ao que se esvai...
..................................................................................
Essa sensação nítida de ter nadado,
nadado e nadado
e morrido na praia...
Melhor que ter morrido,
é ter mergulhado?!?!?!
..................................................................................
Como manter-se fiel às nossas convicções
como manter a integridade da ação
como manter a nobreza do caráter
como manter a chama viva dos ideais
Quando a única coisa que se sente
é o torpor causado pelo ferida certeira
no coração...
Torpor e nada mais...
Como?
..................................................................................
Escrevo única e exclusivamente
para mim...
não escrevo para ninguém...
Minha maior demonstração de egocentrismo
e amor-próprio...
manifestação de minha subjetidade...
realização de minha necessidade...
na intenção de expulsar
pensamentos que querem me dominar...
Todo mundo precisa exorcizar
seus próprios demônios...
como quem pretende espantar os
insetos nocisos às searas...
.................................................................................
..."É preciso coragem para ser feliz!"...
Sofrer é opcional; escolha consciente
É preciso coragem para admitir isso...
Deixar de viver para evitar o sofrimento é acovardar-se
É preciso coragem para admitir isso...
Esconder-se das possibilidades é anular-se
É preciso coragem para admitir isso...
Sufocar a vontade latente é amputar-se
É preciso coragem para admitir isso...
Tentar poupar alguém do que se há para aprender, é comprometer-se
É preciso coragem para admitir isso...
Não há nenhuma nobreza em nada disso
Dispenso sua cautela
Prefiro o corte limpo da espada
Prefiro a dureza da palavra que mata
Prefiro atirar-me ao mar do mundo
tendo somente o céu como guardião...
É preciso coragem para admitir isso...
Deixar de viver para evitar o sofrimento é acovardar-se
É preciso coragem para admitir isso...
Esconder-se das possibilidades é anular-se
É preciso coragem para admitir isso...
Sufocar a vontade latente é amputar-se
É preciso coragem para admitir isso...
Tentar poupar alguém do que se há para aprender, é comprometer-se
É preciso coragem para admitir isso...
Não há nenhuma nobreza em nada disso
Dispenso sua cautela
Prefiro o corte limpo da espada
Prefiro a dureza da palavra que mata
Prefiro atirar-me ao mar do mundo
tendo somente o céu como guardião...
... Minhas paixões...
Minhas paixões
Me curam e me adoecem
me entristecem e me embelezam
me arretatam e me enjoam
me aprisionam e me libertam
me diminuem e me engrandecem...
Minhas paixões
tem ambição de ser amor
tentativa certeira
aspirações...
Minhas paixões
são fortes
são intensas
violenta força da natureza
que quer rasgar a pele
e vir à tona...
Minhas paixões
nascem no mundo das ilusões
mas rebelam-se e revelam-se
no mundo das concretizações...
Minhas paixões
morrem nas falta
do alimento diário
na presença do despreza
na chaga do orgulho ferido...
Ao menos as paixões servem à poesia...
...
Me curam e me adoecem
me entristecem e me embelezam
me arretatam e me enjoam
me aprisionam e me libertam
me diminuem e me engrandecem...
Minhas paixões
tem ambição de ser amor
tentativa certeira
aspirações...
Minhas paixões
são fortes
são intensas
violenta força da natureza
que quer rasgar a pele
e vir à tona...
Minhas paixões
nascem no mundo das ilusões
mas rebelam-se e revelam-se
no mundo das concretizações...
Minhas paixões
morrem nas falta
do alimento diário
na presença do despreza
na chaga do orgulho ferido...
Ao menos as paixões servem à poesia...
...
...Quanto tempo...
É preciso quanto tempo para apaixonar-se?
Quantos momentos?
Quantas palavras?
Quantas risadas?
Quantas lágrimas?
Quantos sonhos?
Quantos planos?
Quantas afinidades?
É preciso o toque?
O olho no olho?
Pele com pele?
É necessário andar lado a lado?
É possível à paixão sobreviver
ao entusiasmo repentino?
À promessa não cumprida?
À vontade não realizada?
À existência de terceiros?
À diferença de sentimentos?
À oscilação dos acontecimentos?
À distância dos corações?
Ao prenúncio do fracasso?
E depois?
Quanto tempo para desapaixonar-se?
Como?
Quando existe a saudade de tudo que não se viveu...
24.01.2010
Quantos momentos?
Quantas palavras?
Quantas risadas?
Quantas lágrimas?
Quantos sonhos?
Quantos planos?
Quantas afinidades?
É preciso o toque?
O olho no olho?
Pele com pele?
É necessário andar lado a lado?
É possível à paixão sobreviver
ao entusiasmo repentino?
À promessa não cumprida?
À vontade não realizada?
À existência de terceiros?
À diferença de sentimentos?
À oscilação dos acontecimentos?
À distância dos corações?
Ao prenúncio do fracasso?
E depois?
Quanto tempo para desapaixonar-se?
Como?
Quando existe a saudade de tudo que não se viveu...
24.01.2010
sábado, 23 de janeiro de 2010
... O que mais quero...
Sabe o que mais quero pra você,
meu amor?
Quero que pense muito,
que pense muito mesmo
sobre todo meu clamor...
e que fique a pensar
Porque enquanto você pensa
outro vem e vive
o que era pra ser seu
Nada farei contra
aquele que chega
e numa simples atitude
tudo que era reservado pra ti toma
Porque esperar é ansiar
um ansiar que não cabe vacilar
e não espere que eu espere
Tudo só me faz pensar que
esse desejo não é seu
É ambição que povoa somente
o coração meu
Então não se agite, não ligue,
não se conecte por mim...
não consigo existir,
não consigo me contentar
com esse seu mundo virtual
Impossível convivermos, pois
meu sentimento existe no mundo real...
e que me deixe prosseguir...
....................................................................................................
Ainda acho que vc pirou quando viu que eu sou feita de carne, osso e explosões...
A gente vive e é feliz no mundo que quer!!!
meu amor?
Quero que pense muito,
que pense muito mesmo
sobre todo meu clamor...
e que fique a pensar
Porque enquanto você pensa
outro vem e vive
o que era pra ser seu
Nada farei contra
aquele que chega
e numa simples atitude
tudo que era reservado pra ti toma
Porque esperar é ansiar
um ansiar que não cabe vacilar
e não espere que eu espere
Tudo só me faz pensar que
esse desejo não é seu
É ambição que povoa somente
o coração meu
Então não se agite, não ligue,
não se conecte por mim...
não consigo existir,
não consigo me contentar
com esse seu mundo virtual
Impossível convivermos, pois
meu sentimento existe no mundo real...
e que me deixe prosseguir...
....................................................................................................
Ainda acho que vc pirou quando viu que eu sou feita de carne, osso e explosões...
A gente vive e é feliz no mundo que quer!!!
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
... Tragédias ...
Existem tragédias maiores, bem maiores que nossos ínfimos problemas.... É só observar tudo que tem acontecido somente no início desse ano de 2010... O que nos aguarda?
No dia a dia achamos que temos perdas, prejuízos, esperas que não se concretizam... pequenas coisas que nos desanimam... Mas continuamos com o abrigo de nossos tetos, sendo alimentados, de certa forma amparados, confortados...
Seguimos com um certo egoísmo, achando que nossos problemas são maiores, nos acomodamos numa postura de vítima... Ah, quem nunca se fez de vítima? Justificamos nossos atos impensados, nossas pequenas vinganças, nossa falta de juízo, nossas explosões de ira... Por que? Porque na verdade sabemos que tudo, tudo continuará lá no seu devido lugar.... Achamos na verdade, né? Achamos que podemos sacudir tudo, que no fim, ao baixar da poeira, tudo estará lá, como antes...
Quantos dias, meses, anos vivemos numa ilusão profunda de que nada mudará; que tudo e todos existirão pra nos servirem... Nossa casa, nosso carro, emprego, nossos amigos, familiares... Não sabemos perder... É possível saber?
Penso nessas coisas, no que vem acontecendo pelo mundo a fora, no Haiti...
E se eu vivesse lá, suportaria enfrentar a verdadeira devastação?
Penso em relatos que escuto de amigos, em histórias de filmes, procuro refletir, passar pra minha vivência... Perceber o quanto somos abençoados, o quanto temos forças pra enfrentar tudo, ou o quanto podemos ajudar quem passa por uma tragédia é uma lição de humildade... Humildade, como sendo a ausência total de orgulho...
Orgulho?!?! É só olhar a nossa volta, é só olhar pra dentro ... Não vejo nenhum motivo plausível pra sentirmos orgulho...
Essa história em particular, me marcou muito hoje... Uma história numa escala bem menor do que vem acontecendo no Haiti, mas que não deixa de ser uma história trágica, da qual não me esquecerei tão cedo...
Não me esquecerei... E peço a Deus conforto para todos os corações devastados...
http://noticias.br.msn.com/mundo/artigo-bbc.aspx?cp-documentid=23300267
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
...Hay quien no tiene corazón...
Tanto tempo já se passou... disso, daquilo, de tudo... Mesmo quando o tempo que passa é curto, também tudo muda... É incrível como o dia de amanhã pode nos trazer outra atmosfera, outra opinião, outra sensação, outro sentimento... É só deixar o tempo passar... minutos, horas, dias, meses, anos... Nunca sabemos o que há por vir ao dobrar a próxima esquina...
Muitas coisas são esquecidas, assentadas... Perdem toda a agitação, todo o movimento... São estancadas, abandonadas... Novas preocupações surgem, novos pensamentos, novas vontades, novos sentimentos... As estações mudam...
Quando vivemos algo que abala nossa essência, achamos que aquilo nunca irá passar ou que nunca mais voltaremos a ser quem éramos... A ebulição dos sentimentos nos engana... Falamos coisas, pensamos coisas, no calor da situação... A imcompreensão do porquê do sofrimento...
Conheço pouquíssimas pessoas que conseguem ter a serenidade ideal, necessária, quando passam por uma situação difícil... É normal, pelo menos eu acho, não aceitar, não entender o que estamos vivendo, quando é algo que nos desagrada tanto... Quando é algo que vem pra mudar tudo aquilo que tínhamos por certo, de imediato acabamos por nos revoltar... Acho normal... Tudo tem um limite claro... Compreendo a revolta, mas não justifica atitudes que ferem a ética e os bons costumes...Mas as pessoas perdem a linha... só de agir sem a menor consideração, sem o menor respeito... Não se brinca com sentimentos... Não se brinca com os sonhos dos outros...
Mas aprendi que tem pessoas que simplesmente não sabem lidar com situações que exijam demais delas... As vezes nem são situações que exijam demais... Mas tem pessoa que não sabe ser corajosa, não sabe falar o que pensa, o que sente... Pior!!! Tem gente que não sabe o que quer, tem gente que não sente... E rema conforme a correnteza, se é que rema, deixa-se levar apenas... Não toma a rédeas de sua vida, não age por vontade e opiniões próprias... Tudo bem, posso dizer que numa fase já fui assim... Hoje eu ajo por impulso e por vontade... Estou pagando o preço de viver-fazer-falar o que quero ... Estou conhecendo cada vez melhor e de perto os hipócritas e falso moralistas... Porém prossigo e deixo a banda passar...
Estou melhor, bem melhor... Dou-me a liberdade de me sentir assim...
Talvez esteja pronta... Dou-me a coragem de me sentir assim...
Estou amando... Dou-me a oportunidade de me sentir assim...
Sim, é preciso liberdade, coragem e oportunidade... Porque o pulso ainda pulsa...
................................................................................................
"Preferi sempre a loucura das paixões à sabedoria da indiferença."
Anatole France
"Mi delito es la torpeza de ignorar que hay quien no tiene corazón."
Alejandro Sanz
..................................................................................................
Muitas coisas são esquecidas, assentadas... Perdem toda a agitação, todo o movimento... São estancadas, abandonadas... Novas preocupações surgem, novos pensamentos, novas vontades, novos sentimentos... As estações mudam...
Quando vivemos algo que abala nossa essência, achamos que aquilo nunca irá passar ou que nunca mais voltaremos a ser quem éramos... A ebulição dos sentimentos nos engana... Falamos coisas, pensamos coisas, no calor da situação... A imcompreensão do porquê do sofrimento...
Conheço pouquíssimas pessoas que conseguem ter a serenidade ideal, necessária, quando passam por uma situação difícil... É normal, pelo menos eu acho, não aceitar, não entender o que estamos vivendo, quando é algo que nos desagrada tanto... Quando é algo que vem pra mudar tudo aquilo que tínhamos por certo, de imediato acabamos por nos revoltar... Acho normal... Tudo tem um limite claro... Compreendo a revolta, mas não justifica atitudes que ferem a ética e os bons costumes...Mas as pessoas perdem a linha... só de agir sem a menor consideração, sem o menor respeito... Não se brinca com sentimentos... Não se brinca com os sonhos dos outros...
Mas aprendi que tem pessoas que simplesmente não sabem lidar com situações que exijam demais delas... As vezes nem são situações que exijam demais... Mas tem pessoa que não sabe ser corajosa, não sabe falar o que pensa, o que sente... Pior!!! Tem gente que não sabe o que quer, tem gente que não sente... E rema conforme a correnteza, se é que rema, deixa-se levar apenas... Não toma a rédeas de sua vida, não age por vontade e opiniões próprias... Tudo bem, posso dizer que numa fase já fui assim... Hoje eu ajo por impulso e por vontade... Estou pagando o preço de viver-fazer-falar o que quero ... Estou conhecendo cada vez melhor e de perto os hipócritas e falso moralistas... Porém prossigo e deixo a banda passar...
Estou melhor, bem melhor... Dou-me a liberdade de me sentir assim...
Talvez esteja pronta... Dou-me a coragem de me sentir assim...
Estou amando... Dou-me a oportunidade de me sentir assim...
Sim, é preciso liberdade, coragem e oportunidade... Porque o pulso ainda pulsa...
................................................................................................
"Preferi sempre a loucura das paixões à sabedoria da indiferença."
Anatole France
"Mi delito es la torpeza de ignorar que hay quien no tiene corazón."
Alejandro Sanz
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