Um dia tudo será reduzido a nada
O que realmente importa
Poder deitar na grama
num dia fresco de primavera
Sentir o vento que sopra
desde as mais remotas eras
O que realmente importa
Ouvir a música preferida
Abraçar a pessoa querida
Olhar nos olhos da criança
Ter porque voltar pra casa
Não perder as esperanças
O que realmente importa
Quando tudo será reduzido a nada
Acordar, viver, dormir, sonhar
E tudo mais que se concretizar
Até o fim dos dias
Assim sempre será
O que realmente importa
Quando o tempo que nos é dado
Um dia estará esgotado
Pra que tanta pressa
Pra que tanto desespero
O que realmente importa
Quando um dia o fim chega
E tudo tem seu desfecho
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Escrevi esse poema em 15/09/2005... Numa época em que apresentava sintomas de depressão e síndrome do pânico... Na realidade, ambas nunca foram realmente diagnosticadas... Os sintomas desapareceram, literalmente graças a Deus...
Menos de quatro meses depois, minha mãe faleceu mais que repentinamente... Numa noite gostosa de férias, de coca-cola, panetone, música eletrônica e amigo na cozinha... Coisas que ela adorava... Coisas que ela deixou pra trás... Junto com seus sonhos, planos, junto com tudo o que já havia concretizado... E ela nem chegou a ver de perto as cerejeiras que tanto amava...
O que realmente importa nesse "curto" espaço de tempo que nos é dado???
O amor que recebemos
O amor que aprendemos
O amor que emanamos
O amor que compartilhamos
O amor que exercitamos
O amor que plantamos
Amor a tudo que nos foi dado
e que deixaremos para trás
Por amor...
Lindo poema, Su!
ResponderExcluirRealmente, o que importa de verdade, se tudo é passageiro?
O agora? Os sonhos? As vontades?
Não sei...
Beijos!
O que realmente importa? pergunta você.
ResponderExcluirÉ extamente, isto que você guardou, veja as cerejeiras por ela, viva sua vida honrando-a, segundo seus conceitos.
O que fica, realmente é o que sentimos das coisas que nos eram exemplos, nosso Norte, enfim a luz.
Realmente Deus, na sua infinita bondade e sabedoria, irá ajudá-la muito mais ainda, e cetamente guardará no céu uma poltrona especial para ela para sua mãe.
Se não acreditarmos nisto - e como mesmo você falou - não temos nenhuma razão pra voltar pra casa.
Um abração carioca e felicidades.Muita!!!
Suzana,
ResponderExcluirPerfeito. A situação de quase-pânico te trouxe pro essencial...
Beijos,
Marcelo.